O bilhete é só de ida

O bilhete da minha última viagem de coração é só de ida. Não há volta. Não há volta porque não pode haver. Não há volta porque há palavras e acções que ainda queimam. Não quer dizer que não acredite na mudança, mas a mesma requer tempo... muito tempo... muito mesmo.

O bilhete é só de ida, e não me arrependo no momento de não pensar num possível retorno. Por muito que te veja a olhar para a minha carruagem a partir, e depois a correres para ver se ainda a alcanças, eu nem me movo. Não porque não tenha consideração pelo teu sentimento, ou porque não me importe com a nossa viagem juntos. Não me movo porque acredito ser o melhor para os dois. Sei que corro o risco de um dia querer entrar na tua carruagem e já teres companhia de viagem, mas é um risco que vou ter de aceitar. A viagem ainda é longa e nunca se sabe!

O bilhete é só de ida e devias comprar o mesmo bilhete, embora que para outro destino. Ainda te recordo, mas a nossa viagem já não mora cá dentro como antes.

O meu bilhete não tem marcado o destino. Creio que vou parar em muitas estações até voltar a encontrar a carruagem certa, o comboio certo, e a linha certa para prosseguir viagem. De momento o comboio está a atravessar um túnel, e de cada vez que vê a claridade do dia, esta fica envolta pelo nevoeiro da indefinição do meu destino.

O bilhete é só de ida!

Da próxima vez...

Da próxima vez que te vir
Vou-me aproximar devagarinho
E baixinho te vou dizer:
"Tenho saudades de ti!"

Da próxima vez que olhar para ti
Não vou desviar de vergonha
E vou pensar:
"Olha também para mim!"

Da próxima vez que passar a mão no teu cabelo
E a seguir na tua face rosada
Vou querer dizer:
"A minha atenção é para ti!"

Da próxima vez que te der um beijinho
E o meu coração apertar
Não vou dizer mas gostava que soubesses:
"Gosto de ti! Não te afastes de mim!"

NÃO QUERO!

Não quero crescer, não quero morrer, não quero pensar, não quero sentir-me sózinha, não quero estar triste, não quero zangar-me, não quero refilar, não quero chatear, não quero que pensem mal de mim, não quero que falem mal de mim, não quero que me interpretem mal, não quero cansar-me, não quero ser menos culta do que posso ser, não quero ser preguiçosa, não quero ser mal-educada, não quero ser certinha, não quero comer até fartar, não quero chorar, não quero ser feia, não quero ser má profissional, não quero deixar de sonhar, não quero deixar de lutar, não quero deixar de acreditar, não quero ter ilusões, não quero iludir, não quero ficar em casa, não quero deixar de me apaixonar diariamente, não quero envelhecer sem ninguém por perto, não quero deixar de tocar piano, não quero deixar de fazer as coisas que me tornam feliz... e não quero que a vida deixe de me proporcionar momentos bonitos, mas isto já não depende só de mim!

Espere só um bocadinho que estou em crise!

ESTOU EM CRISE! Ou pelo menos acho que estou. Até disfarço bem para os outros e até dizem que estou com melhor cara. Não sei de onde é que tiraram essa ideia. ESTOU EM CRISE! Estou em crise de idade! Dizem que a crise de idade mais aguda é quando chegamos aos 50, ou será aos 40? Acho que aos 30 também há qualquer coisa. Pois eu estou com 25, a caminho dos 26 e ESTOU EM CRISE! Não estou bem como estou. Também não sei como devo estar.

Há dias que acho que estou a realizar-me aos pouquinhos profissionalmente, mas noutros parece que devia era ter escolhido outra vida.

Há dias em que acho que finalmente atingi o controlo da minha pessoa, mas depois dou por mim em ataques de gula desmedida e com um feitio insuportável!

Há dias em que penso que é óptimo estar sozinha, sem um namorado a melgar o juízo e a controlar cada passo, mas sinto-me triste porque não há ninguém que diga que gosta de mim, e que as saias nem me ficam mal!

Há dias em que acho que vou deixar crescer o cabelo porque já é tempo de ser mulher, mas já cortei a franja e falta pouco para ir o resto!

ESTOU EM CRISE! Estou em crise, e acredito que até me estava a fazer falta uma depressãozita para ver se depois renasço com mais força, tal como a Fénix renasce das cinzas. Por isso, se a crise não demorar muito, nem é muito mau. Então, ESPERE SÓ UM BOCADINHO QUE EU ESTOU EM CRISE!

Quando um não quer, dois não dançam!

Somos um ser colectivo, que tem que viver no meio de outros e com outros. Não necessariamente só a dois, mas a vida do ser humano tem que ter a presença de mais alguém para além dele próprio.

Temos momentos em que queremos estar sózinhos, sem que ninguém nos perturbe, mas isto é uma fase, algo temporário, um momento de preparação para renascermos e voltarmos à vida em comunidade.

Podemo-nos relacionar com muita gente ao mesmo tempo, mas é entre duas pessoas que acontece o que é mais recordado. Entre duas pessoas há mais confiança, intimidade, muito mais do que com três! Entre duas pessoas acontecem momentos como (e prefiro referir apenas os mais mágicos!) uma conversa, um choro, um conselho, um segredo, uma confissão, uma dança, uma chamada telefónica, um jantar romântico, um beijo, um namoro, uma paixão, um amor, um casamento, um filho...

E é por isto que, se estávamos predispostos a que um momento destes acontecesse, mas não houve a receptividade da outra metade, a desilusão é maior...

Passar pela vida e não ver a vida passar por mim!

Desde algum tempo para cá, utilizo muito uma frase em forma de pensamento, quando em alguma conversa, ou simplesmente quando estou sozinha, imagino a minha vida a longo prazo, e que é "QUERO SER EU A PASSAR PELA VIDA E NÃO SENTIR A VIDA A PASSAR POR MIM". Gostava mesmo que isto se cumprisse! Gostava de sentir que estou a aproveitar tudo o que a vida tem para me dar, sentir que tenho que fazer uma coisa e fazê-la, e não sentir que as coisas na minha vida acontecem porque estava parada e fui simplesmente empurrada para ali...

Para que seja eu a passar pela vida, devo estar atenta aos seus sinais, para que me antecipe ao inevitável, de forma a não ser surpreendida, e se tiver que sofrer, que sofra menos assim.

Mas como perceber os sinais? Por vezes acho que quanto mais queremos distinguir no meio dos acontecimentos banais do quotidiano, menos conseguimos. Aliás, ás vezes interpretamos os factos à nossa maneira, como nos convém melhor. E isto é pior do que nunca ter visto o sinal, porque somos levados a errar, e a levar os outros em erro.

Depois de tanto escrever sobre o abstracto, retrato um caso muito simples: aproximar-me de uma pessoa que julgo especial.

Um dia sonhei com uma pessoa. Uma pessoa que convivo desde sempre e que até então nunca me tinha despertado qualquer sentimento para além da amizade. Mas os meus sonhos têm um enorme poder no meu coração, e continuam a perturbar-me mesmo depois de acordar. Então, depois de sonhar com essa pessoa, comecei a recordar situações passadas, que nenhuma importância dei na altura, mas que agora as interpretava de forma a que o sonho não estivesse tão longe da realidade. Mas foi um erro!!! Um truque que o meu sub-consciente me prega muitas vezes. Mas este erro foi longe demais. Isto porque me levou a aproximar dessa pessoa, a ligar-me a essa pessoa para além da amizade, segundo uma brincadeira perigosa. Deste modo, o que se tinha passado num simples sonho tornara-se realidade. Mas eu continuei sem perceber se o que estava a acontecer continuava a ser uma ilusão, mas desta vez do meu consciente, ou se desta vez a situação fazia sentido...

Bem, parece que me estou a afastar do tema principal deste texto, mas não. Isto tudo só para dizer que aceitei viver aquela situação porque julguei ter interpretado um sinal da vida, para que eu aproveitasse a situação que se estava a proporcionar, e assim eu estaria a passar pela vida, e a não a vê-la passar por mim. Mas e se eu estava errada e tivesse interpretado mal? E se a suposta interpretação tivesse sido feita de forma conveniente?

Dia dos Namorados

"O Dia dos Namorados, tratado em muitos países como Dia de São Valentim, é uma data comemorativa na qual se celebra a união amorosa entre casais, quando é comum a troca de cartões com mensagens românticas e presentes com simbolismo de mesmo intuito, tais como as tradicionais caixas de bombons em formato de coração.

História
A história do Dia de São Valentim remonta um obscuro dia de jejum já tido em homenagem a São Valentim. A associação com o amor romântico chega depois do final da Idade Média, durante o qual o conceito de amor romântico foi formulado.

O dia é hoje muito associado com a troca mútua de recados de amor em forma de objectos simbólicos. Símbolos modernos incluem a silhueta de um coração e a figura de um Cupido com asas. Iniciada no século XIX, a prática de recados manuscritos deu lugar à troca de cartões de felicitação produzidos em massa. Se estima que, mundo afora, aproximadamente um bilhão de cartões com mensagens românticas são mandados a cada ano, tornando esse dia um dos mais lucrativos do ano. Também se estima que as mulheres comprem aproximadamente 85% de todos os presentes.

São Valentim
Durante o governo do imperador Claudius II, este proibiu a realização de casamentos em seu reino, com o objectivo de formar um grande e poderoso exército. Claudius acreditava que os jovens se não tivessem família, se alistariam com maior facilidade. No entanto, um bispo romano continuou a celebrar casamentos, mesmo com a proibição do imperador. Seu nome era Valentine e as cerimónias eram realizadas em segredo. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens jogavam flores e bilhetes dizendo que os jovens ainda acreditavam no amor. Entre as pessoas que jogaram mensagens ao bispo estava uma jovem cega: Asterius, filha do carcereiro a qual conseguiu a permissão do pai para visitar Valentine. Os dois acabaram-se apaixonando e milagrosamente recuperou a visão. O bispo chegou a escrever uma carta de amor para a jovem com a seguinte assinatura: “de seu Valentine”, expressão ainda hoje utilizada. Valentine foi decapitado em 14 de Fevereiro de 270 d.C."

in Wikipédia

10 coisas eternas

Um dia perguntei: "Diz-me as 10 coisas da tua vida que gostavas que fossem eternas..." Mas não pude perguntar sem que me questionassem também!
Então aqui vai...

10 momentos (principalmente) que gostava que fossem eternos:

1. A companhia das pessoas que mais gosto - pais, mana, primos, tios, avós, amigos - mesmo que a sua presença não seja física!

2. A véspera de Natal em casa da minha avó materna - enquanto vejo lá fora acender uma fogueira gigante para aquecer o menino Jesus que vai nascer, cá dentro crescem os presentes ao pé da árvore de Natal, surge o cheirinho a bolos, filhós, os chocolates em cima da mesa, as conversas perdidas, os interesses desinteressados...

3. O jantar de Natal em casa da minha avó paterna - o encontro de uma família numerosa, que ri alto, que conversa, que brinca, que conta piadas, com momentos de mimo, conselhos entre dentes, comida, bebida; um encontro que faz esquecer que existe mundo lá fora.

4. O momento em que me preparo para sair de casa no primeiro dia de festa na aldeia - já oiço a música lá fora, o movimento das pessoas na rua aumenta, e a minha ansiedade cresce com a expectativa do inesperado da noite.

5. Os passeios de fim-de-semana com os meus pais, ou para lugares turísticos, ou para casa dos meus tios.

6. As férias de verão na companhia de quem me faz bem.

7. Dançar com uma pessoa especial, sentir o seu perfume e a sua respiração.

8. Um beijo encantado, no momento mais inesperado, com uma pessoa especial.

9. A memória de tudo o que me provocou emoção, me fez crescer, me ensinou o que sei e o que sou.

10. Os momentos em que olho para a vida e exclamo: "A vida é bela!!!"

ser ou não ser...

Odeio monotonia na minha vida, quando cada dia é igual ao anterior, quando sei que a determinada hora vou ver determinada pessoa que me deve falar sobre determinado assunto. Incomoda-me pensar que a minha vida está toda arrumadinha, definidinha, perfeitinha, pouco alterável a longo prazo! Faz-me muita confusão pensar que não conhecerei muitas mais pessoas porque me dou sempre com o mesmo núcleo de amigos, conhecidos e familiares, que não conhecerei muitos mais lugares, porque me sentirei sempre presa a alguém, a alguma coisa, ou a alguma situação, que não me vestirei de forma diferente, porque terei sempre em conta o que os outros vão pensar...

É óptimo poder recomeçar a vida.
Recomeçar a pensar que a vida tem uma infinidade de situações que nos podem acontecer sem esperarmos, simplesmente porque não fazemos as mesmas coisas todos os dias.
Recomeçar permite-nos voltar a olhar para nós, comprar roupa, cortar o cabelo, mudar de perfume, a decoração do quarto, os cds do carro, de carro, de estação de rádio, de café que frequentamos, de ginásio, de brinco, de telemóvel...

Mas recomeçar traz a incerteza nos momentos que gostávamos de ter algumas certezitas!!! Porque recomeçar não pode ser apagar tudo. Recomeçar é pegar também em algumas coisas que construimos para trás e que por algum motivo deixamos em standy! E quando pegamos nessas coisas que estavam à nossa espera, coisas mais pessoais, mais próprias do nosso carácter, precisamos que elas não estejam envoltas em nuvens como tudo o resto que está a recomeçar. O coração é exemplo disso...

Nunca estamos contentes com o modo como corre a nossa vida! Ser ou não ser... eis a questão!

Ainda te trago...

Ainda trago o teu perfume
nos fios do meu cabelo
desde que os tocaste

Ainda trago o teu olhar
entre os meus pensamentos

Ainda trago as palavras que não disseste
nos meus sonhos

Ainda trago a tua voz
entre as músicas que oiço

Ainda trago o teu riso
nos meus dedos
de quando de cócegas te perdes

Ainda te trago porque não te quero esquecer...

Não controlo as horas...

Houve um tempo em que as horas pareciam não passar, entre jogos e brincadeiras...
Mas agora...

Quem me dera poder controlar o tempo, as horas. Tudo seria muito melhor.
Poderia aproveitar os momentos mais simpáticos da minha vida sem ter medo que o fim das horas trouxesse a solidão, a saudade, o esquecimento.
Poderia olhar sem que o brilho se perdesse.
Poderia tocar sem que as estrelas cedessem o seu lugar ao sol.
Poderia sonhar indefinidamente sem acordar.

Mas eu não controlo o tempo, as horas.
Então, cada momento é uma pedra preciosa diferente, que guardo e recordo cada dia, até obter a próxima pedra.
Cada sorriso é uma pintura que emolduro no meu coração.
Cada olhar é uma música que oiço se me cansar.
Cada palavra é magia que revivo em cada sonho acordado.

Os crescidos não controlam as horas, mas os menos crescidos têm o dom de as tornarem eternas...

CARNAVAL??? FÉRIAS??? O QUE É ISSO?

Mais uma vez venho por este meio protestar!!! Protestar pelos benefícios retirados por ter crescido!!! Onde é que estão as férias de verão que duravam 3 a 4 meses, mais as 2 semanas de férias de Natal, 1 semana de férias de Carnaval, mais 2 semanas de férias de Páscoa, sem contar com os muitos feriados???
ONDE É QUE ANDAM AS FÉRIAS?

Sei que agora trabalho, ganho dinheiro, não levo trabalho para casa, nem tenho trabalhos de grupo em casa de não sei quem, que não faz nada o ano inteiro e que se lembra sempre de mim para trabalhar porque sabe que acabo por fazer tudo sózinha...

Até a chamada "ponte", um dia antes do dia de Carnaval me retiraram!!! E não adianta que à função pública seja atribuido o tal dia, porque trabalhar para uma empresa particular tem as suas regras próprias!!!
ENTÃO E MASCARO-ME A QUÊ? E QUANDO?
Nem posso ir para uma festarola até ás tantas no dia de Carnaval, porque no dia a seguir tenho que ir trabalhar...


E AINDA ME PERGUNTAM PORQUE É QUE EU NÃO QUERO CRESCER???