20080327

ELOGIO AO AMOR

O meu texto preferido...




"Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.

(...) Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.

Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".

Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."


Elogio ao amor (Miguel Esteves Cardoso - Expresso )

Tu... menino dos olhos lindos II

Menino dos olhos lindos, descansa agora porque ninguém mais vai saber do nosso segredo.

Não sei porque é que a vida me trouxe até ti desta forma, mas tudo mudou para melhor desde então.

Não te assustes com a minha vontade de viver. Não tenhas medo porque vou deixar-te voar sempre que quizeres.

Mas se, mesmo assim, um dia vier a brisa e te levar, recordar-te-ei como o meu momento mágico preferido*

20080326

Nem de propósito! É +/- assim...

NEM ÁS PAREDES CONFESSO

Música: Ferrer Trindade, Artur Ribeiro
Letra:
Maximiano de Sousa
Intérprete:
Amália Rodrigues


[refrão:]
De quem eu gosto
nem às paredes confesso
E nem aposto
Que não gosto de ninguém
Podes rogar
Podes chorar
Podes sorrir também
De quem eu gosto
Nem às paredes confesso.

...

Até agora, apesar de todas as palavras e todos os actos, ainda havia muita indefinição. Não quer dizer que já não haja mas um acontecimento, um telefonema, mudou o rumo da história. Sem que eu me apercebesse da importância do facto, quando pensava que tudo ia ruir, depois das palavras do telefonema que chamavam à razão, a vida trouxe o medo da perda e foi aí que tudo mudou...

Já não poupámos as palavras e os sentimentos.
Já não poupámos as mensagens e as esperanças.
Já não poupámos as espectativas e os sonhos.
Ainda existe indefinição, mas também uma vontade de que cada dia traga sempre algo cada vez melhor, sem nomes para os outros, sem compromissos para os outros, sem sinais para os outros.

É o nosso segredo! É a nossa história em que não importa agora definir o fim, mas que o "meio" seja muiiiito colorido!!!

20080317

Será?

Olho para ti e penso...
Será que o teu sorriso me quer dizer o que eu estou a pensar?
Será que o teu toque me quer dizer o que eu estou a sentir?
Será que o teu olhar me quer dizer o que eu estou a sonhar?
Será que o teu beijo me quer dizer o que me faz voar?

Será?

Estou certa que o teu sorriso, o teu toque, o teu olhar, o teu beijo, e até o teu tom de voz mudaram. Mas será que me estão a dizer o que tu não consegues?

Será?

Será possivel teres saudades minhas, como eu tenho tuas?
Será possivel que sintas um arrepio quando te falo ao ouvido, como eu sinto?
Será possivel que os teus olhos brilhem mais quando me ves, como os meus?
Será possivel que não queiras que eu vá embora, como eu não quero nunca que vás embora?
Será possivel que fiques mais quentinho quando eu te dou a mão, como eu fico?
Será possivel que o teu coração bata mais forte quando eu te beijo, como o meu bate?

Será?

20080314

Adoro a sexta-feira! Odeio o domingo...

Adoro a sexta-feira...
É o dia que antecede o fim-de-semana, o dia que antecede a pausa na rotina diária, o dia que antecede momentos diferentes. E por isto mesmo, é um dia que se enche de espectativas, de sorrisos, de música; é um dia que até o trabalho corre melhor, e nem custa a passar!

Adoro a sexta-feira...


E por contra-posição...


Odeio o domingo...

É o dia que antecede mais uma semana de trabalho, o dia que antecede a rotina da "vidinha" diária, o dia que antecede o acordar cedo, o trânsito, e a loucura dos outros logo pela manhã. É o dia das despedidas. É o dia em que nos lembramos de como foi bom parar e ver outras caras, conversar, ler, ouvir música, sem tempo, sem horas, sem relógio... É o dia das recordações e dos adeus, e até sexta-feira!

Odeio o domingo...

20080313

Steal My Kisses (this is sooooo for you!)

(refrão)

"Cause I always have to steal my kisses from you
Always have to steal my kisses from you
Always have to steal my kisses from you
Always have to steal my kisses from you "



Ben Harper

Hold Still (this is for you...)

(...)

"Oh, hold still for a moment and I'll find you
I'm so close, I'm just a small step behind you girl
And I could hold you if you just stood still

(...)

Oh, I'll hold still for a moment so you'll find me
You're so close, I can feel you all around me boy
I know you're somewhere out there
I know you're somewhere out there

Oh, hold still for a moment and I'll find you
You're so close, I can feel you all around me
And I could hold you if you just stood still

Oh, I'll hold still for a moment so you'll find me
I'm so close, I'm just a small step behind you
I know you're somewhere out there
I know you're somewhere out there
I know you're somewhere out there"


Hold Still
David Fonseca
Composição: Little David Boy

20080306

... vem comigo ..























Vem comigo ver as estrelas sob a protecção da lua...

Vem comigo ver as estrelas para que eu te conte os meus segredos...

Vem comigo ver a lua para que possas ver os meus olhos brilharem...

Vem comigo ver as estrelas para que eu te possa levar comigo nos meus sonhos...

Vem comigo ver a lua para que o meu coração fique pleno e eu já não tenha medo...

Esta música é lindaaaaa

POR UMA NOITE

"Tocas no rosto enquanto o ar não sai
inspiro sem medo do acto que vem
Envolvo os pés como mãos
Do toque nasce a nossa ilusão

Desenhas os risos de um novo medo
Que o peito demonstra sem qualquer sossego
Faz tempo que a culpa se foi
Ficámos de pensar só depois
Do erro.

Já pouco nos resta fechar os olhos
Escondemos actos sem qualquer receio ou angustia
Que nos prende a vontade de sentir
O corpo com prazer

Rasgas-me a roupa sem qualquer pudor
Enquanto buscas o ar pela boca
Passeias o teu cheiro no meu corpo
Por entre os braços misturo tudo
Após o prazer ficaremos mudos
Sem saber
Que é por uma noite

Grito teu nome sem saber
Como será o amanhã
Foi um sonho real
Por uma noite."


Klepht
POR UMA NOITE - Diogo Dias voz e teclas Marco Reis Guitarra Eléctrica, Guitarra Acústica Francisco Duarte Guitarra Eléctrica, Guitarra Acústica Filipe Contente Baixo Mário Sousa Bateria


20080304

...já não gosto de ti...

Dizer "gosto de ti" é difícil, mas custa muito mais admitir "já não gosto mais de ti". Em certas relações, não é necessário esta declaração verbal, pois os actos revelam por si só este facto. Mas noutras, por muito que a pessoa queira dar a entender, só as palavras quebram o feitiço final.

Sou uma pessoa bastante directa e frontal, confundida até com bruta... Mas nestes casos, carrego no meu botão de delicadeza e confio no velho ditado que "para bom entendedor meia palavra basta". NÃO BASTA! Não no meu caso. O meu botão de delicadeza e indirectas deve estar avariado, transmitindo ao receptor a sensação de que não estou certa do que sinto e do que quero, e que ainda vou pensar! Mas será que não ouviste quando disse que estou bem como estou, sem o que tínhamos antes? Então opto pelo botão frontalidade e só aí é que percebes, mas mantens sempre um resto de ilusão... Assim também me magoas, porque queria que te desligasses de mim da forma menos dolorosa possível, e assim não facilitas!

"Já não gosto de ti", digo mais uma vez, acrescentando que não gosto como antes, que só aprecio a companhia, e depende da conversa. Creio que já nem a companhia, pelo menos quando estamos "aparentemente" sozinhos num cafés qualquer! É que acabamos por tocar no assunto incontornável do fim da relação, das razões, das situações em que nos magoámos. Eu faço-o na tentativa de exorcizar tudo o que passei, para aprender e não repetir os erros. Tu fá-lo na tentativa de perceberes onde errámos, qual foi a gota de água, mas admitindo sempre que a mudança é possível e que podia ser uma realidade.

"Já não gosto de ti". Opto por não ser mais cordial e amiguinha. Cada um vai à sua vida e pronto. Sem fase de transição, sem cafés, encontros só para falar, NADA!

"Já não gosto de ti". Digo isto para que sigas em frente. Fomos importantes mas já não somos. Fomos amigos, mas agora ainda não dá nem sei se dará. Fomos companheiros mas esquecemos o que isso era e confundimos com obsessão diária. Fomos confidentes, mas já não temos mais nada a dizer um ao outro. Fomos vida um do outro, e talvez isso tenha determinado o fim. Cada um tem que seguir a sua vida...

20080303

TU... menino dos olhos lindos

Menino dos olhos lindos
Como?
Como é que chegaste?
Como é que chegaste aqui dentro?

Menino dos olhos lindos
Fica...
Fica e não tenhas medo...
Fica e não tenhas medo que eu não deixo que te façam mal.

Menino dos olhos lindos
Olha!
Olha para mim!
Olha para mim e vê-me com os olhos do teu coração!

Menino dos olhos lindos
Deixa...
Deixa que eu me aproxime...
Deixa que eu me aproxime para te dar outro beijinho...

Menino dos olhos lindos
Foge!
Foge comigo!
Foge comigo para nos esquecermos do mundo!